sábado, 16 de junho de 2012

O Padrão Monetário

Origem e Evolução do Dinheiro

- Escambo =  Simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor em seu estado natural



- Moeda Mercadoria =  Por serem a mais procurada assumiram a função de moeda. Ex.: o gado bovino (locomoção, reprodução e prestação de serviços), o sal (conservação de alimentos)


Palavras derivadas: Pecúnia - Pecus = Gado - dinheiro
                             Pecúlio - Pecus = Gado - dinheiro acumulado
                             Capital - Capita = Cabeça - Patrimônio
                             Salário - Sal = Origem em Roma - Remuneração
                             Cauri - Pau-Brasil, açúcar, cacau, tabaco e pano - Não permitia o acúmulo por não se fracionar e por ser perecível



- Metal =  Era aferido sue peso e seu grau de pureza. Por não estar ao alcance de todos, tanto para sua localização quanto para o fundir, passou a ser valorizada e ter réplicas sendo utilizada como dinheiro. Ex.: moeda de faca e chave no Oriente e Talento na Grécia e no Chipre. 



- Moedas Antigas = Surgem no século VII a.C., são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor.

- Ouro, Prata e Cobre = Por antigos costumes religiosos se utilizou para as moedas o ouro (=sol) e a prata (=lua), mas depois se passou a ser relevante por seu valor extrínseco, através das ligas metálicas. 

                             

- Moeda de Papel =  Começou com o ourives entregando aos seus clientes um papel com o valor entregue.



- Formatos Diversos =  O formato vigente:retangular e horizontal, podendo se apresentar da forma quadrada e no sentido vertical. 


- Sistema Monetário =  É o conjunto de cédulas e moedas utilizadas num país, sendo uma base centesimal. O banco central controla e garante ás emissões de dinheiro. Através do processo de saneamento há substituição das cédulas gastas e rasgadas. O cheque é utilizado para movimentação de depósitos bancários.


- História da Moeda no Brasil:
1580 = Moedas de Metal começam a circular
            Recebeu muitas moedas espanholas devido a unificação para pagamentos de bens, serviços e dívidas
           Domínio Holândes no séc. XVII - que criaram as primeiras moedas no Brasil onde estava a inscrição da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais e do outro lado a palavra Brasil, em 1694 na Bahia, sendo transferida para o Rio de Janeiro, depois Pernambuco e retornou ao Rio de Janeiro.
          Com a chegada da Família Real foi criado o Banco do Brasil em 1835 começaram a se emitir papel moeda o que gerou uma grave crise financeira devida a grande emissão de dinheiro em 1896. Neste ano no Brasil o Tesouro Nacional emitia as cédulas brasileiras, não mais a Inglaterra e outros bancos brasileiros. Em 1964 o Banco Central substitui o Tesouro Nacional.
            No séc. XX as moedas servem para troco com novas ligas de metal para aumentar a durabilidade e reduzir os custos de fabricação.
             De 1942 até hoje teve sete padrões monetários diferentes: cruzeiro (1942), cruzeiro novo (1967), cruzeiro (1970), cruzado (1986), cruzado novo (1986), cruzeiro (1989), cruzeiro real (1990) e real (1994)

         
           


BIBLIOGRAFIA:

http://www.bc.gov.br/?ORIGEMOEDA
http://www.uesc.br/dcec/pedrolopes/artigo_prof_pedro_lopes_sistema_monetario.pdf
http://vimeo.com/7178952

Os Sistemas Monetários Internacionais

SISTEMAS MONETÁRIOS

- É o conjunto das diversas moedas que circulam em um país.
- Guardando entre os sistemas as relações definidas de valor, de acordo com normas legais estabelecidas pelas autoridades monetárias.
As autoridades monetárias de um país determinam o padrão monetário, que antes tinha como referência o metal precioso.

TIPOS DE SISTEMAS MONETÁRIOS
- Garantia ou Conversiblidade: monometálicos (ouro ou prata) e bimetálicos (ouro e prata de relação 1:15,5)
Este sistema tinha falhas por ter preços de mercado oscilantes
O padrão-ouro direcionava a estabilidade da moeda e as taxas de câmbio, por isso tinha que se ter uma alta confiança na conversibilidade, pois isto implicava uma vulnerabilidade do sistema financeiro dos países que adotavam este sistema, exceto Brasil e países periféricos não convertiam dinheiro em padrão-ouro por pensar que isto poderia desestabilizar a economia com a presença dos países que o adotavam e  os seus problemas de financiamento






OURO


- O ouro é um bom investimento, é um representativo de riqueza
- Não tem valorização dependendo da atuação de um determinado Estado
- Ele é considerado como uma renda variável, portanto não te dá garantia de rentabilidade
Há uma clara relação entre estabilidade da economia e flutuações nas suas cotações:
  * na instabilidade, ele sobe
  * nas situações de estabilidade política, ele desce.

    Este fenômeno do ouro ser valorizado na instabilidade da economia é porque ele é um bom rendimento de médio a longo prazo, sendo um ativo real na economia. E sua desvalorização, quando ocorre estabilidade na economia, é porque sua variação é muito pequena, não obtendo o mesmo rendimento quando a economia é instável.














BIBLIOGRAFIA:
http://www.eumed.net/libros/2009a/477/SISTEMAS%20MONETARIOS.htm
http://economia.uol.com.br/ultnot/multi/2011/07/27/04024C183164D4C11326.jhtm

A Organização do Comércio Internacional

REGULAÇÃO COMÉRCIO MUNDIAL


Para ter a livre concorrência entre os povos, haverá relações comerciais internacionais.
Falando um pouco sobre a regulamentação internacional:

A RODADA URUGUAI (1986 - 1994)
 O MAIOR ACORDO COMERCIAL DA HISTÓRIA

Isto ocorreu devido ao acordo sobre Agricultura que institui um marco jurídico-institucional para o projeto de reforma, de longo prazo, do:


- comércio agrícola
- políticas internas que os países signatários desejavam levar a cabo nos anos seguintes 


A Rodada Uruguai criou a OMC e integrou a GATT e outros acordos.


Começou num encontro ministerial de Genebra (1982) e foi lançada em Punta Del Este seguido de negociações em Montreal, Bruxelas, Washington e Tóquio.


A função da OMC é regular o comércio mundial.


Principal Meta:


- Reduzir os subsídios agrícolas, ocorrendo discordância de EUA, UE e Grupos de Cairns                     (ArgentinaAustráliaBolíviaBrasilCanadáChile,ColômbiaCosta RicaGuatemalaIndonésiaMalásiaNova ZelândiaPaquistãoParaguaiPeruFilipinasÁfrica do SulTailândia e Uruguai).


   A RODADA DOHA  OU RONDA DE DOHA (2001-2006)

Significa Ciclo de Negociações Multilaterais de Doha.

É uma ronda de negociações da OMC. 

Tem como objetivo diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no live comércio para os países desenvolvidos, isto é, o objetivo era a adesão à Agenda de Desenvolvimento de Doha, e a partir daí negociar a abertura dos mercados agrícolas e industriais.

Tem como tema principal nas negociações os subsídios agrícolas dos países ricos, desenvolvidos  e os maiores países em desenvolvimento, representado pelo G20.

Começou em Doha,Qatar, e seguiu-se de Cancún, Genebra, Paris, Hong Kong e Potsdam. Assim, se começaram a discutir a abertura do comércio mundial com a preocupação é a preocupação de cada país nos efeitos de uma política liberalizante que supostamente trariam desemprego em países que não estão aptos a concorrer de forma igual.

Em Cancúm,2003, se planejou um acordo concreto sobre os objetivos da rodada Doha. 

Fracassou após quatro dias de discussão, com foco em negociação: agricultura, produtos industrializados, comércio de serviços e atualização de normas alfandegárias.

Os países em desenvolvimento finalmente rejeitaram um acordo que viram como desfavorável.

Isto se reflete no novo bloco comercial de países em desenvolvimento e industrializados: 
- G20. 

Em Genebra, 2004, criou-se o esboço da abertura do comércio global. EUA, UE, Japão e Brasil concordaram em:

- abolir os subsídios ás exportações
- reduzir os subsídios agrícolas
- diminuir as barreiras tarifárias

Nações em desenvolvimento concordaram em:

- reduzir as tarifas sobre produtos manufaturados
- obtiveram o direito de proteger suas indústrias chave
- alfândegas simplificadas
- regras mais rígidas para ajuda ao desenvolvimento rural

Em Paris, 2005, foram abordados:

- França cortará os subsídios aos agricultores
- EUA, Austrália, UE, Brasil e Índia não conseguiram chegar a acordos sobre frango, carne bovina e arroz
- Hong Kong não finalizou um acordo

Em Hong Kong, 2005.

Se:

Nações em desenvolvimento: Brasil e Índia querem: diminuam os subsídios ( incentivos oferecidos pelo governo aos produtores) para proporcionar a redução dos custos de produção. Recentemente abandonaram as negociações desta rodada, frustando quem acreditava na liberação do comércio mundial.

Nações desenvolvidas: UE e EUA querem em troca: abertura dos produtos industrializados  europeus e americanos


Todas essas questões foram grandemente discutidas nas rodadas em Cancún, Genebra, Paris e Hong Kong, porém até hoje não há um consenso mundial a respeito da abertura comercial.




VOCABULÁRIO:



* A OMC (Organização Mundial do Comércio)

* GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio)

* Grupo de Cairns: Juntos, os países-membros são responsáveis por mais de 25% das exportações mundiais de produtos agrícolas.
Formado em 1986, em Cairns, Austrália, este grupo de países exportadores de produtos agropecuários objetivam a liberalização do comércio no setor. Seu campo de manifestação concentrou-se a priori na crítica ao sistema de Política Agrícola Comum da União Europeia (PAC), conjunto de medidas adotadas por países europeus que consistiam basicamente na adoção de medidas protecionistas e de incentivo ao pequeno produtor rural.

* G20: Desde sua criação o G20 tem membros flutuantes.
              Quem faz a frente: G4: China, Índia, Brasil e África do Sul

- 65% da população mundial
- 72% de suas fazendas
- 22% de sua produção agrícola. 







A OMC sucedeu ao GATT na regulação do comércio mundial, tendo sido o principal resultado da Rodada Uruguai. Ainda que ela não seja imune às pressões advindas dos principais atores internacionais, sua existência é de vital importância para países como o Brasil que dependem de um sistema de normas para defender seus interesses. Os países em desenvolvimento são hoje a grande maioria dos Membros desta Organização e só cabe a eles fazer valer os seus interesses, já que as decisões na OMC são tomadas por consenso.
Para a vigilância do cumprimento das normas contidas nos vários acordos que regem o sistema multilateral de comércio, a OMC conta com um poderoso instrumento que é o Entendimento para Solução de Controvérsias. O Brasil mesmo já obteve várias vitórias no Órgão de Solução de Controvérsias da OMC, como no caso do painel da gasolina, contra os Estados Unidos, e os mais recentes painéis do açúcar contra a Comunidade Européia e do algodão contra os Estados Unidos.





BIBLIOGRAFIA


http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodada_Doha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodada_Uruguai
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=366
http://www.geocities.ws/petrel_unb/analise/conjuntura-omc2.pdf

O Direito Econômico



DIREITO ECONÔMICO


A microeconomia é a teoria clássica focalizando no agente econômico. Com o pensamento de Adam Smith, mão invisível, com negócios jurídicos em condições perfeitas de competição, resultam na satisfação dos interesses coletivos.

A macroeconomia é a teoria moderna com origem no processo de intervenção estatal na economia, focando no funcionamento do fenômeno econômico em caráter coletivo, como um todo. E nesta teoria que se enquadra o Direito Econômico. Visando na condução da política econômica, para alcançar e realizar os interesses coletivos e transindividuais objetivados pelo Estado.

Existem três áreas do Direito mais diretamente relacionadas a Ciência Econômica. Seriam:

1. Direito Econômico
2. Direito Empresarial
3. Direito do Trabalho

1. O Direito Econômico

O Direito Econômico vai tratar da regulamentação dos temas voltados à economia, na forma como o Estado Brasileiro elegeu em sua constituição.

É um ramo do Direito Público que disciplina as formas de interferência do Estado no processo de geração de rendas e riquezas da nação com metas socialmente desejáveis.

Este direito disciplina as relações jurídicas travadas pelo Poder Público em face dos agentes econômicos privados que atuam e operam no mercado,

No direito pátrio, o direito econômico encontra-se com plena autonomia jurídico-científica.

Seu surgimento é recente, pois Liberalismo Econômico diminuía, e até, anulava o Poder Público para interferir no processo de geração de riquezas da nação.

Através do Decreto de Allarde (França/1791), Competition Act (Canadá/1889) e Sherman Act (EUA/1890) ocorreu os primeiros atos normativos contra á prática de truste.  Nesta legislação visava á coibição da prática de truste:

- concentração de empresas
- imposição arbitrária preços
- outras infrações

Com o capitalismo liberal incentivando a disputa comercial e a desigualdade social, houve a necessidade de uma intervenção estatal, para ter uma manutenção do mercado interno e pacificação externa para estabelecer políticas públicas de redistribuição de rendas e de inclusão social.

A concentração monopolística nas mãos de empresários resultou:

- quebra da Bolsa de Valores em NY, 1929
- disputas bélicas (guerras mundiais)
- marginalização
- exclusão social

A carta política do México (1917) foi a primeira constituição a tratar propriedade privada (formas originárias e aquisição da propriedade), originando o princípio da função social da propriedade.

Seu status de norma ocorreu em 1919, na constituição alemã, conforme descrito no art 151.

Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Enfim, assegurar a liberdade econômica do individuo.


1.1 A Constituição Econômica e a Organização da Economia


Para compreender a constituição econômica deve-se saber:

- Seu conceito
- Sua classificação
- Seu antecedente histórico.

Podendo ser conceituada como conjunto de normas e princípios relativos à economia, competindo a esta constituição:

- Definir o ordenamento essencial da atividade econômica desenvolvido pelo poder econômico público e privado
- Determinar o que pode e não pode ser feito no âmbito da atividade econômica
- Organizar a estrutura econômica de um Estado
- Definir o tipo de sistema econômico
- Definir o regime econômico
- Definir a política econômica


1.2 A Constituição Econômica e a Limitação do Poder Econômico


Tanta na esfera pública, quanto privada a constituição econômica disciplina e limita a atuação do poder econômico.
Devido a exageros ou abusos do poder econômico, a política econômica é juridicamente regulada, sob pena de prática arbitrária.

1.3 A Constituição Econômica e a Promoção de Políticas Públicas


Os três poderes são vinculados pela Constituição Econômica:

- Executivo
- Legislativo
- Judiciário

Estes poderes promovem políticas públicas econômicas.

Esta Constituição tem a função, além de promover estas políticas publicas, promover as políticas públicas sociais. Sendo uma Constituição Diretiva ao enunciar:

- Diretrizes
- Programas e fins

Eles serão realizados pelo Estado e pela sociedade em sua transformação para:

- Reduzir as desigualdades
- Assegurar o bem-estar da população (atendimento dos anseios comuns)
- Estabelecer uma democracia econômica e social
- Efetivar direitos econômicos e sociais
- Modificar a ordem econômica e social injusta e desigual.

1.4 A Ordem Econômica na Constituição de 1988


Para compreender a ordem econômica deve-se entender seus fundamentos. Estes fundamentos integram, também, a República, portanto,  tornam-se a base pelo qual o Estado Brasileiro se constrói e servem de critério e parâmetro de valoração a orientar e condicionar a aplicação das normas constitucionais e infraconstitucionais.

Os fundamentos são:

- Valor Social do Trabalho
- Valor Social da Livre Iniciativa

Os dois fundamentos na ordem econômica tem como objetivo maior a efetivação da democracia econômica e social, assegurando uma existência digna, efetivando os objetivos fundamentais da Constituição da República.

Objetivos Fundamentais da Constituição da República:

- Construir uma sociedade livre, justa e solidária
- Garantir o desenvolvimento nacional
- Erradicar a pobreza e marginalização
- Reduzir as desigualdades sociais
- Promover o bem de todos

Os princípios gerais da atividade econômica são relevantes para alcançar estes fundamentos e os objetivos fundamentais.

Conforme os ditames da justiça social, há princípios a condicionar na atividade econômica exercida pelo poder econômico público e privado, objetivando assegurar a todos uma existência digna. Entretanto, numa leitura afoita do art.170 da Constituição poderia gerar um equívoco ao identificar uma incompatibilidade de princípios, mas isto só ocorre quando a atividade econômica é considerada como um valor absoluto, quer dizer, um fim em si mesmo. Exemplo: propriedade privada e defesa do meio ambiente.

Os princípios gerais deste direito são fundados em valores do campo público e privado. Estes princípios seriam:

- Economicidade: Oriundo do Direito Financeiro, conforme art 70:

 "A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder."

Art 170 :

"Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:..."

Art 174
"Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado..."

O Estado deve focar políticas públicas de planejamento para a ordem econômica em atividades economicamente viáveis, garatindo, desenvolvimento econômico sustentável e racional do País.

- Eficiência: Oriundo do Direito Administrativo, conforme art 37:

"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:..."

Com foco na livre-iniciativa e a livre concorrência. Determina que o Estado estabelece políticas públicas com o fim de viabilizar a produção de resultados econômicos, permitindo um melhor atendimento de interesse público.

- Generalidade: confere ás normas alto grau de generalidade e abstração, ampliando seu campo de incidência, para:

- multiplicidade de organismo econômicos
- diversidade de regimes jurídicos de intervenção estatal
- constantes e dinâmicas mudanças do mercado

Estes princípios são um meio de auxiliar na efetivação dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e da Constituição Econômica, sendo auxiliares, devem ser interpretados de forma relativa.

1.5 Princípios do Direito Econômico na CF/88


Princípios Liberais:

- Propriedade privada
- Livre concorrência


Princípios Intervencionistas:

- Soberania nacional
- Função Social
- Defesa do Consumidor
- Defesa do Meio Ambiente
- Redução das Desigualdades Sociais
- Busca do Pleno Emprego
- Tratamento Favorecido ás Empresas de Pequeno Porte

1.6 Especificidades do Direito Econômico


a) Recenticidade - direito econômico é recente, com sua gênese no intervencionismo econômico com o fito de discipliná-lo e regrá-lo.


b) Singularidade - é o ramo jurídico próprio


c) Mutalidade - normas sujeitas a constantes mudanças e havendo a tendência de curta vigência.


d) Maleabilidade - pela farta produção normativa, os estatutos do direito fica entre o Legislativo e o Executivo.


e) Ecletismo - mescla princípios do direito público e privado. Porque tem posicionamento estatal regulamentador, assumindo uma postura normatizadora da ordem e dos agentes econômicos.


f) Concretismo - disciplina os fenômenos socioeconômicos




Bibliografia:


Texto preparado com base na apresentação do Profº  LUCIANO SOTERO SANTIAGO -CURSO DE DIREITO ECONÔMICO -SABER DIREITO TV  JUSTIÇA. 

Direito Econômico, Leonardo Vizeu Figueiredo, Coleção Didática Jurídica, 2006
http://www.mpeditora.com.br/pdf/direito-economico.pdf

http://jus.com.br/revista/texto/6571/as-contribuicoes-de-intervencao-no-dominio-economico-e-o-principio-da-proporcionalidade

http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1189

http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/brasilia/09_93.pdf

terça-feira, 22 de maio de 2012

Inflação

INFLAÇÃO É A ELEVAÇÃO DOS PREÇOS

Ela ocorre em um ambiente incerto. 


Percebe-se que há quando ocorre aumento nos preços. 


A inflação é um fenômeno onde os preços na economia tem uma tendência sistemática de subir ao longo do tempo. Assim,  o poder de compra é  inversamente proporcional a inflação.


Duas causas básicas para explicar a inflação:


Primeira:
   - excesso de compradores
   - excesso de demanda
Os preços tendem a subir, pois tem muitas pessoas disputando a mesma oferta.


Segunda:
   - quebra de oferta 


Histórico:


De 1980 a 1993 detectou-se a maior inflação no Brasil, chamando-a de hiperinflação, representada numa figura de um dragão. Esta hiperinflação dificultou um planejamento familiar. 


Em 2006 tivemos um dos menores índices de inflação acumuladas nos últimos tempos: 3,14 % .


Portanto, o índice de inflação aponta a alta média de preços sofrida pelo conjunto dos produtos pesquisados.


Previsão de Inflação:


Com a suspeita de aumento na inflação não se deve estocar produtos e não antecipar consumos, e sim, planejar e esperar o passo certo de cada coisa. 


Como agir na hora das compras?


- Pesquisa de preços


- Se informar e evitar ao máximo fazer compras a prazo (por estar embutido uma taxa de juros muito alta)


-  Fazer uma poupança 


- Evitar ao máximo financiamento


Teste de Bolso


* Quando a inflação aumenta, os juros, também, sobem. Então deve-se poupar dinheiro.*


1) Qual destes itens afeta mais o salário?
a) a inflação mensal
b) a elevação dos juros
c) o reajuste anual


Letra (a): Afeta mais o poder de compra, porque o salário não é reajustado todo mês. E na melhor das hipóteses, uma vez por ano.


Salário x Inflação


Como ajudar para que o salário não "encolha"?
- Consumidor deve prestar atenção na alimentação (ver prioridades). 
- Outros itens que a inflação atinge bastante são os  alugueis e prestação de serviços  (reavaliar)
- Cada pessoa deve fazer a sua parte para minimizar o impacto da inflação 


Política de Controle da Inflação


Há uma política de controle da inflação no aumento das taxas de juros, portanto, há índices que medem a inflação de diferentes formas, assim, sabemos quanto nosso salário deveria aumentar para ter o poder de compra, ou seja, continuar consumindo as mesmas coisas sem sentir no "bolso":


- IPA - Índice de Preços por Atacado
- IGPM - Índice Geral de Preços do Mercado

- INCC - Índice Nacional de Custo da Construção
- CUB - Custo Unitário Básico

- INPC  - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Calculado pelo IBGE ( pesquisa mensal de preços de produtos e serviços em estabelecimentos de onze grandes cidades do país com as famílias de baixa renda, gasto relativo para pessoas com 1-6 salários mínimos)
- IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - Calculado pelo IBGE (pesquisa mensal de preços de produtos e serviços em estabelecimentos de onze grandes cidades do país com renda de 1 - 40 salários mínimos)


O governo brasileiro utiliza o IPCA para:
- Cumprimento das metas da inflação
- Base de decisão sobre a taxa SELIC


O que são as metas de inflação?


Conselho monetário nacional é composto pelo ministro da fazenda, do planejamento e o presidente do Banco Central, que se reúnem sempre no mês de junho, desde 1999. Assim, informam qual será a meta da inflação daqui a dois anos e meio a frente.
Meta da inflação é 4,5%, podendo chegar ao máximo a 6,5%, se passar o Banco Central terá que se justificar ao Governo Federal. (2011-2013)


O que quer dizer SELIC? 


Sistema Especial de Liquidação e Custódia, isto quer dizer, a taxa de juros  que remunera quem compra um título do Tesouro Federal. Assim, aumentando-se os juros,tenta-se controlar a expansão do crédito, a expansão dos gastos e a expansão dos investimentos e ele faz isto quando ele colocar o dinheiro mais caro, então, toda vez que tem pressão inflacionária o BC tende a subir juros para  frear o consumo e frear a acumulação de estoque.




Bibliografia:
Educação Financeira
http://www.tvbmfbovespa.com.br/Videos/872
G1
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/06/saiba-o-que-e-inflacao.html
CNEC CAPIVARI
http://adm.cneccapivari.br/?q=node/23